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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Singularidade secreta...

E depois de 6 anos aqui estamos nós..., vivendo coisas completamente diferentes que um dia traçamos em nossas conversas a sós. 

Em caminhos opostos e experimentando amores novos e  sentimentos talvez um pouco parecidos com aqueeele que um dia sentimos.... naquele beijo tão esperado de saudade, ou naquele final de semana que passávamos horas em frente a TV.

Talvez as pessoas não entendam (e na verdade não espero isso delas, afinal são poucos os que tem o privilégio de viver um amor tão puro), na verdade o “talvez” seja só uma palavra que nos faz parar pra pensar que na verdade mesmo é que NÃO existe isso de talvez, eles não entenderão e ponto. Afinal, são todos incapazes de traduzir ou mensurar o que foi sentido em dois corações por não serem os deles próprios. 


Vivemos, amamos...E, penso que o tempo seja incapaz de apagar todo esse sentimento dentro de nós. Por isso ainda guardamos com carinho um pouco de tudo, seja num objeto, numa carta escrita há 4 anos atrás dizendo que tudo só dependia de nós, ou ate mesmo naquele perfume... que passa e nos leva a uma outra época, nos fazendo  viajar no tempo em questões de segundos, e acaba arrancando um sorriso “apertado”  dos nossos lábios. E é ele que nos oxigena a alma sem qualquer pretensão, ou nos machuca quando percebemos que tudo isso virou saudade.


E a saudade faz isso, machuca, corrói...mas ela nos faz ainda mais fortes e sábios pois depois de um determinado tempo aprendemos a aproveitar o agora- o momento, afinal, como diz o poeta: 


“devemos construir todas as estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão".

E o que fica são lembranças... pequenas e simplórias... mas que marcam a gente.


Havia ingenuidade. Existia a crença de que o amor era aquilo ali que tínhamos, e que era só nosso, porém no fundo _lá no fundo, sabíamos que não dava para manter numa caixinha, trancada a sete chaves ou fugir pra outro estado e viver uma linda história de amor. Existia muita coisa pra se viver _não que naquele momento víamos isso, mas as brechas foram surgindo. O ciúme, a possessividade, a distancia... a fragilidade de uma muralha exposta ou medo de expor um sentimento bobo... (Ah, o tempo!! Se eu fosse capaz de somente o observar...-_Eu o chamaria de cruel).

Ele nos engole. Nos faz crescer e amadurecer, muitas vezes na marra, sem perguntar se estamos preparados ou não. O que me faz lembrar de um outro trecho do texto do Shakespeare: 


“não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido, o mundo não pára pra que você o conserte”.

(A gente é meio que obrigado a dançar a musica da vida mesmo que as vezes desconhecemos o seu ritmo)

E assim, prefiro terminar esse texto com uma frase que eu gosto de pensar (mesmo que as vezes o ciume me castiga ao me fazer imaginar certas coisas), 



"Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem, é porque nunca as possuí"

E assim, escolhemos seguir em frente.
Mas, com aquela certeza que quando olharmos pra trás, aquele sorriso vai permanecer ali, na esperança de que um dia possamos permitir viver tudo o que é guardado naquela parte do nosso coração que só nós sabemos.

 .... como diz o filme, "me pergunto se permaneceu perfeito pra ela também, ou se eu estava apenas me segurando a uma ideia. Algumas questões deve ficar sem respostas[...] Eu escolhi acreditar na memória, eu escolhi acreditar nela. Escolhi creditar que o vínculo não foi quebrado, e que cuidamos um do outro em nossos corações com uma singularidade secreta[...] Haveria outros amores, grandes amores, mas ela estava certa apenas um permaneceu perfeito.



Jéssica Andrade