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Os casos, e acasos da minha “vidinha” agitada...


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sábado, 17 de dezembro de 2011

Lições 2011

Toda virada de ano eu fico naquele paranóia de observar tudo o que aconteceu...
(meus erros e acertos; o que eu poderia ter feito diferente; algumas atitudes e falta delas; da conseqüência que eu levo comigo por todas as coisas que fiz por impulso; das pessoas que afastei de mim sem perceber; das pessoas que me afastei querendo...)

Hoje consigo enxergar o quanto de coisas sem sentido eu fiz.
Quantas pessoas acabei magoando por agir sem me preocupar com o amanha...
(Afinal, a frase: “viva tudo o que há pra viver hoje, amanhã poderá ser tarde demais!” Pode ser o motivo de uma vida com conseqüências pesadas demais, dependendo da sua interpretação)

Lembro-me de dezembro do ano passado... e do quanto fui impulsiva quando me deparei envolvida numa paixão que acelerava meu coração como se, mesmo sendo a coisas mais absurda, fosse a coisa que eu mais desejava no mundo inteiro.
Foi intenso, foi real,  foi aventura recheada de adrenalina, foi uma droga viciante que quase me deixa dependente e totalmente vulnerável. E, ao mesmo tempo, era duvida constante, medo intenso de ser só mais uma carta coringa no baralho e isso fez com que eu me precavesse talvez da forma mais estúpida possível(mas assim seria a forma de não me machucar tanto quando isso tudo acabasse). 
E quando percebi, fui a pessoa mais sem coração que poderia ter sido. 
Cheguei a não me reconhecer por alguns dias e tentei achar lógica naquilo tudo. 
Foi então que percebi que o meu medo era tanto nesse envolvimento que ativei uma espécie de “piloto automático” assim que percebi que se eu continuasse quem sairia machucada dali seria eu, por me importar demais e acreditar cegamente em pessoas.

Lembro-me também da conseqüência que isso tudo me trouxe.
Porque por mais que eu não demonstrasse minhas fraquezas, elas ainda assim existiam dentro de mim. 
Toda essa loucura trouxe consigo uma aproximação mais que estranha de uma pessoa que foi muito especial na minha história. 
Digo isso porque afinal de contas, aprendi inúmeras lições que levarei comigo pro resto da minha vida(assim como todas as pessoas que me relacionei, e vou me relacionar. Seja qual for o tipo de relacionamento- amizade, namoro.... etc.).
Dentre todas as lições, algumas me lembro de imediato. Afinal vejo isso diariamente, e observo como são importantes no dia-a-dia. Tais como: 
Como é essencial a sinceridade e de como é primordial o perdão; 
Como a falta de caráter e de personalidade própria pode te tornar uma pessoa tão mesquinha e não te definir como pessoa; 
Como coisas pequenas se tornam tão grande quando você mesma não consegue por em ordem suas prioridades de vida; 
Como é tão fácil se envolver novamente em uma história sem um ponto final....

Contudo, caí na armadilha da vida como uma pessoa ingênua(também não sou hipócrita em dizer que sempre sou assim).
Não digo que foi por amor, mas por saudade de quando ele existia.
(o amor traz segurança, tranquilidade, paz.... e não inquietação, duvidas, e tudo aquilo que senti qndo me envolvi) 
Era uma confusão gigantesca e nem eu sabia o que estava fazendo. 
Era uma coisa inédita da qual eu corria a tanto tempo, que já não sabia o porquê não queria aquele envolvimento, e quando vi, estava envolvida num “passado vs. presente” e numa confusão de perguntas sem respostas dentro de mim que mais uma vez agi por química, por atração, pra ver até onde aquilo tudo iria, ou até que ponto a gente se magoaria mais uma vez.
Não deu em outra, e não demorou muito pra isso. 
Logo percebi o motivo do meu pavor daquele envolvimento novamente. 
Os anos passaram sim, mas algumas coisas ainda permanecem intactas pra algumas pessoas. 
E por mais espaço de tempo que possa existir, existem pessoas que sempre vão querer tirar vantagem sobre você...
E desses momentos, dois ficaram marcados pra sempre na minha memória.
‘No carro, eu tentando ser a pessoa mais ridícula do mundo, dizendo a verdade sim, mas não só pra não ser a única culpada de toda aquela situação, mas também pra dar um basta naquele envolvimento do qual só eu estava saindo machucada.
“Na mensagem em off dizendo que a gente precisava de uma vez por todas terminar de uma forma certa, e da minha ingenuidade em pegar estrada, numa chuva intensa, pra conversar no portão e ouvir coisas que não faziam o menor sentido/ a não ser usar aquilo contra mim de forma simples, mas não verdadeira.

Lições duras, consequências dividas em longas prestações das quais vou pagar acho que a vida inteira...
Mas, lições... das quais vou levar comigo.

Lembro-me também das pessoas que vieram em seguida e de todos os descartes que dei sem ter qualquer mínima desculpa que fosse. 
Do trauma daquilo tudo e de como relacionar-me com alguém naquele momento era a ultima coisa que eu queria. 
Os meses foram passando  e me deparei com a realidade de perdoar pra seguir em frente. 
Foi difícil, e confesso que ainda estou no processo... mas abri meu coração pra que Deus fizesse por mim.  Porque mesmo sabendo de todas as cabeçadas que dei, Ele nunca deixou de me amar... e estender sua mão pra me ajudar a me levantar todas as vezes que me quebrei no chão da decepção.
E sem menos esperar, conheci alguém diferente de todas as pessoas que entraram na minha vida. 
Alguém que realmente parecia valer a pena. Que gosta das mesmas coisas que eu, e tem como prioridade num relacionamento a fidelidade ( e confesso que achei isso o ponto inicial pra que desse certo)... e foi assim que resolvi tentar mais uma vez. E foi bom enquanto durou, me fez amadurecer, ver a vida de uma forma mais calma e me sentir mulher. Contudo um relacionamento muito maior me despertou a atenção. E foi por ele que terminei... Me cansei de fazer dar certo. Me cansei de me relacionar por relacionar. 
Acho que cansei de viver sem planos futuros que partisse de mim e não só da outra parte envolvida. Me cansei de viver como se eu fosse dona da minha vida.

Hoje ainda é complicado, algumas coisas ainda tentam tirar meu foco. 
As vezes me pego fazendo coisas das quais me pergunto depois o motivo. 
Algumas delas consigo de imediato me posicionar... outras quando vi, já fiz, já agi e nem pensei.
Mas há um detalhe que tenho observado. Hoje eu não fico me testando. 
Chega a ser engraçado...(isso me faz lembrar de uma pessoa de quem gosto muito_mas que hj está afastada demais de mim_ Ela dizia: Keka, para de ficar se tentando, que raiva!; Sinto falta dela e ela não sabe o quanto/sabe sim! SSF*)

Assim diz o livro que estou lendo, e pro momento que estou vivendo faz todo o sentido.
"Cremos que somos capazes de nos erguermos do chão puxando nossos próprios cadarços – que somos de fato capazes de fazê-lo sozinhos. Mais cedo ou mais tarde somos confrontados com a dolorosa  verdade da nossa inadequação e da nossa insuficiência. Nossa segurança é esmagada e nossos cadarços cortados, uma vez que o fervor passa, a fraqueza e a infidelidade aparecem.
Secretamente admitimos que o chamado de Jesus é exigente demais, que a entrega ao Espírito Santo está além do nosso alcance. E passamos agir como todo mundo.
Nosso afã de impressionar a Deus, nossa luta pelos méritos de estrelas douradas, nossa afobação por tentar consertar a nós mesmos ao mesmo tempo em que escondemos nossa mesquinharia e chafurdamos na culpa são repugnantes para Deus e uma negação aberta do evangelho da graça.”



Jéssica Andrade