É o meu ponto de vista...

Hoje li em um blog que “independentemente de quão as duas pessoas sejam sinceras a sinceridade passa por palavras e palavras nunca vão conseguir expressar sentimentos e sensações”

Por mais que a gente fale, a outra pessoa nunca seria capaz de entender o que realmente queremos expressar.

Ela não está na nossa mente, e muito menos sabe o que se passa no coração. 

A questão é que cada pessoa tem uma verdade dentro de si – o que nem sempre é uma verdade “absoluta”, mas é vista como tal todas as vezes que alguém acredita cegamente nela.

O que muitos esquecem é que “sempre existem dois lados da moeda”. Porque as pessoas pensam de forma diferente - mesmo que de forma parecida. Isso é fato!

Se somos então, “em partes”(usando as palavras), sinceros, nem sempre conseguimos transmitir o tanto de verdade que carregamos...  e por mais que tentemos expressar o que sentimos, nunca seríamos compreendidos  já que o que nos ouve escolhe a maneira de interpretar aquilo que dizemos.

E, às vezes levamos até fama de “estúpidos”, de “grosseiros”, de “manipuladores”, de “ridículos”... e, de mais sabe se lá o que..só porque não somos entendidos da forma que deveríamos ser.

 Acho que a sinceridade, não passa de uma tentativa humana de que as palavras pudessem substituir a leitura da mente... uma tentativa falida, uma vez que todos nós somos capazes de mentir. Seja pra nos beneficiar ou não. A questão é que como essa possibilidade- de mentir ou não - existe, nos tornamos cada vez mais desconfiados e cada vez mais desprendidos das pessoas- mesmo que elas nos façam bem.

Porque, afinal de contas, somos capazes de optar ou não por sermos “transparentes”.

Então, por que a outra pessoa obrigatoriamente seria transparente? Por que seria sincera o tempo todo?

Acho que cada um faz a sua verdade... e que sempre haverá a má interpretação humana- capaz de ver somente aquilo que está a altura de seus olhos.

Acho que nunca seremos capazes de entender- ou de sermos entendidos- com a mesma intensidade que sentimos quando escolhemos usar as palavras para nos expressar.

Jéssica Andrade

14 /11/2010